"COM VALOR, SEM TEMOR" Lucas 12.4-12

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Nosso testemunho de Cristo deve ser corajoso, enfrentando o “temor de homens” e crendo no poder do “Espírito Santo”. ‌

Notes
Transcript
Grande ideia: Nosso testemunho de Cristo deve ser corajoso: enfrentando o “temor de homens” e crendo no “poder do Espírito Santo”.
Estrutura: Entendendo melhor o “temor de homens” (vv. 4-7) e crendo no poder do Espirito Santo (vv. 8-12).
469 CC:
Com valor, sem temor Por Cristo prontos a sofrer Bem alto erguei o Seu pendão Firmes sempre, até morrer
“Não temais”: vv. 4, 7.
“Não vos preocupeis”: v. 11
Nicholas T. Batzig:
O temor dos homens não é simplesmente o temor do mal que homens podem causar a nós. Certamente o temor do mal induz, em parte, o nosso desejo de ser aprovado pelos homens. Contudo, mais apropriadamente, o temor dos homens é, como Bunyan disse: “o temor de perder dos homens o favor, o amor, a boa vontade, a ajuda e a amizade”. Em outras palavras, é “um ídolo da aprovação”. Nós buscamos evitar perseguição por causa dos ídolos da aprovação, do conforto ou do prazer. Tais ídolos nos levam a comprometer nossa posição a fim de ganhar aprovação — deixar ser levado pela perversidade a fim de ganhar aceitação e paz. Eles nos colocam em um ciclo vicioso de idolatria. Por mais miserável que seja, o temor dos homens é a configuração padrão da alma.
Romanos 3.9–18 (NAA)
9Que se conclui? Temos nós alguma vantagem? Não, de forma nenhuma. Pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado.
10Como está escrito: “Não há justo, nem um sequer,
11não há quem entenda, não há quem busque a Deus.
12Todos se desviaram e juntamente se tornaram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.
13A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua enganam, veneno de víbora está nos seus lábios.
14A boca, eles a têm cheia de maldição e amargura;
15os seus pés são velozes para derramar sangue.
16Nos seus caminhos, há destruição e miséria;
17eles não conhecem o caminho da paz.
18Não há temor de Deus diante de seus olhos.”
Isaías 11.1–2 (NAA)
1Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes brotará um renovo.
2Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.
A vida de Jesus foi marcada pelo temor do Senhor. Ele nunca se preocupava com o que as pessoas pensavam dele. Seu único objetivo era honrar o seu Pai celestial. Ele nunca comprometeu sua posição por lucro. Ele tomou o caminho árduo da cruz para suportar a ira que nós merecemos pelo pecado de temermos a homens. O coração de Jesus estava tão cheio do temor do Senhor que ele foi “desprezado e o mais rejeitado entre os homens”. Quando olhamos para ele pela fé, recebemos o perdão do nosso pecado e o Espírito Santo do qual ele era cheio. Quando confiamos em Cristo através da fé somente, o Espírito Santo começa a produzir em nós “o temor que nos constrange à adoração e ao amor […] [que] consiste em deslumbre, reverência, honra e adoração […], que é o reflexo da nossa consciência da majestade transcendente e da santidade de Deus” (John Murray).
Temor de homens. (vv. 4-7)
Provérbios 29.25 (NAA)
25Quem tem medo dos outros cai numa armadilha, mas o que confia no Senhor está seguro.
Gálatas 1.10 (NAA)
10Por acaso eu procuro, agora, o favor das pessoas ou o favor de Deus? Ou procuro agradar pessoas? Se ainda estivesse procurando agradar pessoas, eu não seria servo de Cristo.
(a) Os homens podem matar apenas o corpo, mas Deus é aquele que tem poder para lançar a alma no inferno.
Mateus 10.28 (NAA)
28Não temam os que matam o corpo, mas não podem matar a alma; pelo contrário, temam aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.
Isaías 8.12–13 (NAA)
12— Não chamem conspiração a tudo o que este povo chama conspiração. Não temam aquilo que o povo teme, nem fiquem apavorados.
13Ao Senhor dos Exércitos, a ele vocês devem santificar. É a ele que devem temer; é dele que devem ter pavor.
Lucas, Volumes 1 e 2 12.4–7. Não Tenham Medo Deus Cuida

Ora, ao adicionar essas diversas ideias representadas por Gē-Hinnōm – a saber, o fogo que está sempre em combustão, a perversidade, a abominação, o juízo divino, a matança – é possível facilmente perceber que esse Gē-Hinnōm se converteu em símbolo da eterna habitação dos maus, a saber: o inferno. Gē-Hinnōm transformou-se (em grego) em Gehenna, lugar de tormento sem fim.

(b) Por mais que os pardais possam valer pouco para os homens (cinco pardais por duas moedinhas), Deus não se esquece deles. Deus sabe de tudo sobre você: até mesmo os cabelos da sua cabeça.
A MENSAGEM:
"“Quanto valem dois ou três passarinhos? Não é muita coisa! Mas Deus cuida de cada um deles. Pois saibam que ele dá muito mais atenção a vocês, cuidando nos mínimos detalhes — a ponto de contar os fios de cabelo da cabeça de cada um! Por isso, não fiquem preocupados com essas ameaças. Vocês valem mais que um milhão de passarinhos." Sent from Bible Study
Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong 1950 επιλανθανομαι epilanthanomai

επιλανθανομαι epilanthanomai

voz média de 1909 e 2990; v

1) esquecer

2) negligenciar, não mais preocupar-se com

2) esquecido, entregue ao esquecimento, i.e. despreocupado com

John Piper:
A palavra providência tem origem nos termos em latim pro (“adiante”, “em favor de”) e vide (“ver”. Assim, você chegaria aos significados “ver adiante” ou “prever”. Mas não. Significa “suprir o que é necessário”, “dar sustento ou apoio”. Portanto, em referência a Deus, o substantivo providência chegou a significar “o ato de prover intencionalmente o necessário, sustentar ou governar o mundo”.
Charles Spurgeon:
Você dirá nesta manhã: nosso pastor é fatalista. Seu pastor não é tal coisa. Alguns dirão: Ah! Ele acredita no destino. Ele não acredita no destino de maneira alguma. O que é o destino? O destino é isto: o que tem de ser será. Mas há uma diferença entre isso e a providência. A providência diz: o que Deus ordena será; mas a sabedoria de Deus nunca ordena algo sem propósito. Tudo neste mundo está trabalhando para alguma grande finalidade. O destino não diz isso. O destino diz apenas que a coisa tem de ser; a providência, por sua vez, diz: Deus move as rodas adiante, e lá estão elas.
Se alguma coisa daria errado, Deus a corrige. E, se há alguma coisa que quer se movem obtusamente, Deus coloca sua mão e altera. Então, chega-se à mesma coisa; mas há uma diferença quanto ao objetivo. Entre destino e providência, há toda a diferença entre um homem de olhos bons e um homem cego. O destino é cego; é a avalanche que soterra a vila lá embaixo e destrói milhares de pessoas. A providência não é uma avalanche; é um rio ondulante, agitado, a princípio, como um riacho que chega ao oceano amplo do amor eterno, que trabalha para o bem da raça humana. A doutrina da providência não é: o que tem de ser será. Antes, a doutrina da providência é: aquilo que existe trabalha para o bem de nossa raça e, em especial para o bem do povo eleito de Deus. As rodas estão cheias de olhos; não são rodas cegas.
(c) O oposto de confiar em Deus é temer o homem, e o oposto de servir a Cristo é agradar a homens.
PRIMEIRO: Há um tipo de temor e desejo de agradar o próximo que se torna pecaminoso, pois substitui Deus pelo objeto ou pessoa a que se teme ou se busca agradar.
SEGUNDO: A raiz desse tipo de temor ou desejo de agradar é a idolatria. Temor do homem é idolatrar, adorar, venerar, louvar as pessoas e suas opiniões, buscar nelas a nossa significação.
Dr. Edward T. Welch define assim o temor do homem:
Não quer dizer que nós ficamos apavorados ou com medo dos outros (embora às vezes nós ficamos). “Temer” no sentido bíblico é uma palavra muito mais ampla. Inclui ter medo de alguém, mas amplia-se a respeitar muito alguém, ser controlada ou dominada pelas pessoas, adorar outras pessoas, colocar sua confiança nas pessoas ou precisar de pessoas [suas opiniões, seus louvores, sua aprovação].
O primeiro passo no combate ao temor do homem significa compreender o que realmente está acontecendo no coração. Isso significa que sempre que eu sentir desejo por aceitação, medo de rejeição, pressão dos pares ou inadequado diante dos outros, a primeira coisa que preciso fazer é discernir o que está acontecendo — Que sentimento é esse? O que realmente está acontecendo no meu coração?
O fato é que o temor do homem jamais deve conferir às pessoas poderes e privilégios que pertencem somente a Deus. Quando o temor do homem nos controla, nós tornamos as pessoas grandes e Deus pequeno. Isso é uma questão de adoração. É idolatria.
(d) O temor do homem deve ser combatido pela fé em Deus.
Deus é maior que qualquer homem que se sinta poderoso, tendo poder sobre a vida e a morte, sobre o corpo e sobre a alma, poder sobre toda a eternidade. Esse sim era digno de temor da parte deles. Inclusive os próprios homens que se acham poderosos por acabar com a vida dos outros deveriam temê-lo. Um dia esse juízo também acontecerá.
Gouvêa de Oliveira, Flávio; Gouvêa de Oliveira, Flávio. O Evangelho em Carne e Osso: Uma exposição do evangelho de Lucas para pessoas de corpo e alma (p. 235). Flávio Gouvêa de Oliveira. Edição do Kindle.
Salmo 9.9–10 (NAA)
9O Senhor é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de angústia.
10Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, Senhor, não desamparas os que te buscam.
Salmo 64.10 (NAA)
10O justo se alegra no Senhor e nele confia; e se gloriam todos os retos de coração.
Salmo 118.6–9 (NAA)
6O Senhor está comigo; não temerei. O que é que alguém pode me fazer?
7O Senhor está comigo, para me ajudar; por isso, verei a derrota dos meus inimigos.
8Melhor é buscar refúgio no Senhor do que confiar nos seres humanos.
9Melhor é buscar refúgio no Senhor do que confiar em príncipes.
2. Poder do Espírito Santo. (vv. 8-12)
(a) Repare nos contrastes: “confessar x negar”, “diante dos homens x diante dos anjos de Deus”.
Mateus 25.31–34 (NAA)
31— Quando o Filho do Homem vier na sua majestade e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória.
32Todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos:
33porá as ovelhas à sua direita e os cabritos, à sua esquerda.
34— Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: “Venham, benditos de meu Pai! Venham herdar o Reino que está preparado para vocês desde a fundação do mundo.
Lucas 13.22–27 (NAA)
22Jesus passava por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém.
23E alguém lhe perguntou: — Senhor, são poucos os que são salvos?
24Jesus respondeu: — Esforcem-se por entrar pela porta estreita! Pois eu afirmo a vocês que muitos procurarão entrar, mas não conseguirão.
25Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vocês, do lado de fora, começarem a bater, dizendo: “Senhor, abra a porta para nós”, ele responderá: “Não sei de onde vocês são.”
26Então vocês dirão: “Comíamos e bebíamos com o senhor. Além disso, o senhor ensinava em nossas ruas.”
27Mas ele dirá a vocês: “Não sei de onde vocês são; afastem-se de mim, vocês todos que praticam o mal.”
Muitos ainda adotam a fé em Jesus como uma crença teórica e particular, evitando que ela seja declarada diante dos homens. Numa atitude aparentemente piedosa chegam a dizer que o que importa é apenas seu relacionamento com Deus. Entretanto, Jesus sempre ensinou que ser seu discípulo envolvia atitudes para com o próximo e confissão diante dos opositores, ou seja, não haveria como não confessar essa fé diante dos homens, não haveria como confessá-la somente a Deus.
Gouvêa de Oliveira, Flávio; Gouvêa de Oliveira, Flávio. O Evangelho em Carne e Osso: Uma exposição do evangelho de Lucas para pessoas de corpo e alma (p. 238). Flávio Gouvêa de Oliveira. Edição do Kindle.
(b) Lucas usa aqui o termo: “Filho do Homem” ( 25 vezes)
Uso de Jesus de “Filho do Homem”
O uso de Jesus da linguagem “Filho do Homem” nos Evangelhos do Novo Testamento baseia-se nas tradições judaicas em relação à frase encontrada tanto no Antigo Testamento quanto na literatura apocalíptica. Em particular, os ditos “Filho do Homem” de Jesus refletem a conexão entre os temas de sofrimento, entronização e autoridade que aparecem na narrativa da visão de Daniel. Há quatro maneiras gerais pelas quais Jesus usa a linguagem “Filho do Homem” nos Evangelhos do Novo Testamento: 1) para se referir a Si mesmo; 2) descrever Sua autoridade e ministério terreno; 3) antecipar Seu sofrimento e morte; e 4) antecipar Sua futura exaltação e glória.
Hardin, Leslie T., e Derek Brown, “Son of Man”, organizadores. John D. Barry, David Bomar, Derek R. Brown, Rachel Klippenstein, Douglas Mangum, Carrie Sinclair Wolcott, e outros, The Lexham Bible Dictionary (Bellingham, WA: Lexham Press, 2016)
Lucas, Volumes 1 e 2 12.8–12. Não Tenham Medo o Filho do Homem os Reconhecerá; O Espírito Santo os Ajudará

Jesus promete que confessará ou reconhecerá, diante dos anjos de Deus, aquele que o confessar. Esta palavra, confessar ou reconhecer, mostra que a mensagem levada pelos discípulos não devia ser friamente objetiva, um mero recital de palavras memorizadas. Ao contrário, o coração desses homens deve estar em sua mensagem. Sua pregação devia consistir em dar testemunho.

Mateus 16.24–28 (NAA)
24Então Jesus disse aos seus discípulos: — Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
25Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; e quem perder a vida por minha causa, esse a achará.
26De que adiantará uma pessoa ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará uma pessoa em troca de sua alma?
27Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme as suas obras.
28Em verdade lhes digo que, dos que aqui se encontram, existem alguns que não passarão pela morte até que vejam o Filho do Homem vir no seu Reino.
(c) Temos neste texto uma alusão ao chamado pecado “que não haverá perdão”.
Mateus 12.31–32 (NAA)
31Por isso, digo a vocês que todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada.
32Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do Homem, isso lhe será perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, isso não lhe será perdoado, nem neste mundo nem no porvir.
Marcos 3.28–29 (NAA)
28Em verdade lhes digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e as blasfêmias que proferirem.
29Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo nunca terá perdão, visto que é réu de pecado eterno.
Lucas, Volumes 1 e 2 12.8–12. Não Tenham Medo o Filho do Homem os Reconhecerá; O Espírito Santo os Ajudará

A blasfêmia contra o Espírito é o resultado do progresso gradual no pecado. O entristecer o Espírito (Ef 4.30), se alguém não se arrepende dele, conduz à resistência ao Espírito (At 7.51), no qual, se houver persistência, leva ao pecado de apagar o Espírito (1Ts 5.19).

Efésios 4.30 (NAA)
30E não entristeçam o Espírito de Deus, no qual vocês foram selados para o dia da redenção.
Atos dos Apóstolos 7.51 (NAA)
51— Homens teimosos e incircuncisos de coração e de ouvidos, vocês sempre resistem ao Espírito Santo. Vocês fazem exatamente o mesmo que fizeram os seus pais.
1Tessalonicenses 5.19 (NAA)
19Não apaguem o Espírito.
Lucas, Volumes 1 e 2 Lições Práticas Derivadas de 12.1–12

“Mas todo aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado.”

A essência do pecado contra o Espírito Santo pode ser condensada em uma só palavra: impenitência.

Se alguém sente real tristeza por seus pecados, não pode ao mesmo tempo ser culpado do “pecado contra o Espírito Santo”, “o pecado imperdoável”, porque a tristeza real é obra e fruto do Espírito Santo, e revela que este Espírito está residindo no coração desse penitente.

(d) Há um encorajamento aos que terão de responder diante de autoridades religiosas (“sinagogas”), políticas (“governadores”) e em todas as demais esferas (“autoridades”) acerca da fé em Cristo.
Lucas 21.12–15 (NAA)
12Antes, porém, de todas estas coisas, vocês serão presos e perseguidos. Vocês serão entregues às sinagogas e lançados nas prisões; serão levados à presença de reis e de governadores, por causa do meu nome.
13Isto acontecerá para que vocês deem testemunho.
14Tomem, pois, a decisão de não se preocupar com o que irão responder,
15porque eu lhes darei palavras e sabedoria a que não poderão resistir nem contradizer todos os que se opuserem a vocês.
(e) O Espírito Santo ( 13 vezes em Lucas, e 58 em Lucas-Atos) é o fiel professor, que ensina tudo o que deve ser dito em situações bem específicas.
Mateus 10.17–20 (NAA)
17Tenham cuidado com os homens, porque eles os entregarão aos tribunais e os açoitarão nas suas sinagogas.
18Por minha causa vocês serão levados à presença de governadores e de reis, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios.
19E, quando entregarem vocês, não se preocupem quanto a como ou o que irão falar, porque, naquela hora, lhes será concedido o que vocês dirão.
20Afinal, não são vocês que estão falando, mas o Espírito do Pai de vocês é quem fala por meio de vocês.
116 CC - DESEJO DA ALMA
Vem Espírito divino, grande Ensinador! Vem, descobre as nossas almas, Cristo o Salvador [coro] Cristo, Mestre, ouve com favor! Em poder e graça insigne obre o Teu amor Vem demole os alicerces, da enganosa paz; Aos errados concedendo Salvação veraz. Vem reveste a Tua igreja, de poder e luz; Vem atrai os pecadores, ao Senhor Jesus. Maravilhas sobernas, outros povos vem; Oh! derrama a mesma benção, sobre nós também. William H.Doane (1832-1915) Fanny Jane Crosby (1820-1915)
3. Outras aplicações:
(a) Diante da oposição dos homens, não tema por mais frágeis que sejam suas chances de sobrevivência. Perca a sua sanidade, mas não abra mão da sua santidade.
O Coronel Gardiner afirmou: “Eu temo a Deus e, por isso, não há ninguém mais que eu precise temer”. Esta foi a nobre declaração de Hooper quando um católico romano insistiu para que salvasse a própria vida retratando-se, tendo em vista a morte iminente na fogueira: “A vida é doce, a morte é amarga; mas a vida eterna é muito mais doce, e a morte eterna, muito mais amarga”.
Ryle, J. C.. Meditações no Evangelho de Lucas (Meditações nos Evangelhos) (p. 305). Editora Fiel. Edição do Kindle.
(b) Deus está providenciando tudo aquilo que é vital à sua saúde espiritual. A carne é fraca, mas o espírito está sendo prontificado, a cada dia, ao calor de cada provação.
Procuremos ter um senso permanente da mão divina agindo em tudo que nos acontece quando confessamos ser crentes em Jesus. Esforcemo-nos para compreender que Deus está dispondo nossas circunstâncias diárias e que nosso caminho é ordenado por ele. O exercício diário de uma fé como essa é o segredo da felicidade e um poderoso antídoto contra a murmuração e o descontentamento. No dia da tribulação e do desapontamento, devemos sentir que tudo está em ordem e que tudo está sendo feito para nosso bem. No leito da enfermidade, devemos tentar sentir que há uma “razão de ser” para essa enfermidade. Devemos dizer a nós mesmos: “Deus poderia manter estas coisas longe de mim, se ele achasse conveniente. Todavia, ele não está fazendo isto; por conseguinte, estas coisas têm de ser proveitosas para mim. Permanecerei tranquilo, suportando-as com paciência. Eu tenho ‘uma aliança eterna, em tudo bem definida e segura’ (2Sm 23.5). Aquilo que agrada a Deus também me agrada”.
Ryle, J. C.. Meditações no Evangelho de Lucas (Meditações nos Evangelhos) (p. 306). Editora Fiel. Edição do Kindle.
Descansa, quem te prometeu garante Descansa, este mal não é pra morte Descansa, sou eu quem estou tocando agora Já tenho a tua vitória, só precisas descansar
(c) Diante das mais diversas situações, faça e diga aquilo que o Senhor Jesus faria e diria em seu lugar. Não siga o seu coração. Siga a direção do Espírito Santo!
Existem promessas que se aplicam a quase todas as situações em que seremos colocados e a todos os acontecimentos que nos podem sobrevir. Entre todas as promessas, não esqueçamos a que estamos considerando. Às vezes, somos chamados para comparecer diante de pessoas que não são agradáveis a nós; e ali chegamos com nosso coração ansioso e preocupado. Tememos falar o que não deveríamos e não falar o que deveríamos. Nessas ocasiões, lembremo-nos da bendita promessa. Se fizermos isso, ele não falhará nem nos abandonará. Receberemos sabedoria e palavras para testemunhar corretamente. “Porque o Espírito Santo vos ensinará, naquela mesma hora, as coisas que deveis dizer.”
Ryle, J. C.. Meditações no Evangelho de Lucas (Meditações nos Evangelhos) (p. 310). Editora Fiel. Edição do Kindle.
Ilustr.:
Luiz Sayão:
Eu tinha apenas 18 anos. Domingo pela manhã, alegre, num culto dominical, ouvia a mensagem bíblica que estava sendo pregada. Então notei a rápida menção de um exemplo extraordinário de amor ao próximo. O pregador mencionou a história de um anabatista que salvou seu perseguidor. Aquilo me atingiu. O pensamento viajou no tempo e o coração sentiu muito. Que história era aquela? Fui atrás. Logo descobri. Era o ano de 1569, um jovem holandês de Asperen recebeu a fé em Cristo e foi batizado, discordando do batismo infantil e de outras práticas do perfil religioso católico e protestante. Por esse motivo, por suas convicções anabatistas (de perfil menonita), Dirk Willems foi encarcerado, sob a perseguição religiosa espanhola. No entanto, naquele inverno terrível, com esforço, conseguiu escapar da prisão e fugiu, correndo sobre o lago congelado, o Hondegat. Mas, Willems foi visto por um guarda que passou a persegui-lo. Durante a perseguição, o perseguidor cruel rompeu o gelo fino e começou a gritar, pedindo socorro. Willems estava livre e podia até ver juízo divino sobre seu inimigo. Mas, não. Voltou para salvá-lo e o tirou das águas congelantes. Assim, ele logo foi novamente preso e, depois, foi julgado e condenado à morte. Com seus bens confiscados, Willems foi queimado na fogueira, no dia 16 de maio de 1569. Que loucura. Tudo feito em nome de Jesus!
O cristão pacifista Willems entendeu o Sermão do Monte: "Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos". (Mt 5.44-45).
Jamais pude esquecer esta história, tão preciosa e inspiradora. Como me ajudou a não afundar no gelo da amargura e do ressentimento. Mas, tudo isso me faz lembrar de uma pergunta que me fizeram em Israel: Por que os judeus não aceitam Jesus? Na hora, com dor no coração, respondi: estão esperando os cristãos aceitarem primeiro. Sim. Esse Jesus, das Escrituras.
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